Neste
final de semana acabou a Copa do Nordeste com a consagração de um estado que há tempos não aparecia no futebol em âmbito nacional. O Campinense da Paraíba
levou o caneco com duas vitórias sobre o ASA de Alagoas.
Ainda
mais importante do que os resultados, foi a forma que as federações nordestinas
encontraram para tornar o futebol da região mais atraente mesmo com um
calendário cheio, como o brasileiro.
Campinense levanta a taça da "Lampions League" |
O
calendário já foi criticado aqui no blog, assim como é alvo de reclamações de 90% da
mídia esportiva e boa parte dos técnicos que comandam nossas equipes. No
Nordeste é diferente. Longe do calendário ideal para todos, a Copa do Nordeste
trás de volta a emoção e público que os estaduais não conseguem ter.
Esses campeonatos são muito extensos e com formulas de disputa mal
elaboradas. Assim os clubes passam muito tempo em fases classificatórias chatas
e com poucos jogos emocionantes.
Para ter
uma ideia da diferença que a chamada “Lampions League“ vem fazendo na região,
se compararmos a média de público de todos os estaduais do Brasil até agora,
nenhum chega perto do que o Campeonato regional conseguiu.
Castelão completamente lotado na semi-final entre Ceará e ASA. |
A Copa do
Nordeste teve como média de público 8.121 pessoas na edição 2013. Já dentre os
principais estaduais do pais, até a segunda semana de março, o destaque fica a
cargo de Minas Gerais com média de 6.197 torcedores. Em São Paulo, que é a
federação mais rica do pais, conta com média de 5.945 pessoas. O Campeonato
carioca é a principal decepção com menos da metade do que se vê em São Paulo,
ou seja, 2.802 torcedores.
Além da
clara diferença de público nos estádios a Copa do Nordeste ainda trás emoção, com uma formula de disputa dinâmica que cativa cada torcedor de cada time
participante. Uma fase de grupos curta, com apenas seis jogos, e um mata-a-mata
empolgante com ida e volta valorizando o futebol na região.
Público pífio tanto em São Paulo x Palmeiras quanto em Santos x Corinthians |
Vale
ressaltar o excelente trabalho da TopSports junto as federações nordestinas,
tronando viável a realização do evento. A empresa, que é responsável pela
Esporte Interativo, tem os direitos televisivos de todos os jogos e até criou
um canal em operadoras de TV na região para passar a competição, o Esporte
Interativo Nordeste.
A
“Lampions League“ veio para ficar no nosso calendário e pode representar uma
alternativa a outras regiões do pais que incham suas datas com jogos
chatos, sem público e por que não, inúteis as principais equipes do Brasil. Jogos estaduais que atrapalham até torneios mais importantes como a Taça Libertadores da América.
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