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Confederação Brasileira de Futebol anuncia nessa tarde de sexta-feira a saída
do atual técnico da seleção canarinho, Mano Menezes.
Antes de
questionar se Mano tem ou não capacidade de comandar a seleção, o que faltou a
CBF foi coerência em suas decisões. O ex-treinador do Brasil já teve momentos
mais negativos do que vem vivendo e nada aconteceu. Por sinal o momento dele no
cargo era bom, acertando a equipe e praticamente definindo um grupo.
CBF já estava disposta a mandá-lo embora, independente dos resultados. |
Se já
estavam predestinados a mandá-lo embora, poderiam ter feito isso depois das
olimpíadas ou após uma serie de mal resultados em amistosos e não nesse
momento. Não falo em fase positiva pela vitoria nesse “superclássico”, mas sim
porque a equipe estava começando a ter uma cara e jogar de um jeito que agradava a todos.
Falando
agora de treinadores, não vejo ninguém dos possíveis nomes com mais capacidade
que o Mano para fazer a equipe jogar bem. O recém demitido tinha um
posicionamento tático moderno, aproximando as linhas no campo, jogando com
toques rápidos de bola e dando liberdade aos jogadores com maior qualidade. O
que é tão elogiado em grandes times europeus.
Scolari em sua primeira passagem pela amarelinha, ele volta? |
Agora se
Felipão entrar no comando, como vai ser? Time retrancado, com chutões para
frente e saindo em contra ataques desordenados. A escolha de Scolari seria
somente pela suposta “Família” que o mesmo cria no grupo. Já Murici implantará
seu jogo chato, coberto de cruzamentos na área como faz há muito tempo. O único que tem capacidade hoje de fazer o
Brasil jogar mais compacto e com a bola no chão é o Tite, mas acho muito
improvável que ele saia do Corinthians e assuma o comando da Seleção nesse
momento. Além disso, o atual treinador alvinegro precisa de tempo com seus comandados para passar sua filosofia e estilo de jogo, tudo que a seleção não tem mais, tempo.
Pra
completar, mesmo que viesse o tão badalado Guardiola para o comando da
amarelinha, trocar o técnico com pouco tempo para as competições importantes é
um passo para traz. O novo treinador irá demorar a implantar seu estilo de jogo
e um grupo ideal, fazendo com que o Brasil chegue em 2013 menos pronto do que
chegaria com Mano.